Cientistas propõem viagem sem volta a Marte

Uma estratégia seria enviar inicialmente quatro astronautas, dois em cada uma de duas espaçonaves, ambas com módulo de pouso e com suprimentos suficientes. (Imagem: NASA/JPL)

Voos tripulados

Quando Barack Obama tomou posse, ele afirmou que era preciso rever os projetos de voos tripulados da NASA.

Embora tenha dito que poderia ser possível enviar o homem a Marte até 2030, o efeito mais imediato da nova política espacial da NASA foi o cancelamento do projeto de retorno à Lua.

Com um mero passeio lunar cada vez mais distante, e com as decepcionantes dificuldades que a própria NASA demonstrou na execução do projeto Constelação, que nada mais era do que um upgrade da histórica Apolo, ir a Marte ou a qualquer outro planeta parece um sonho cada vez mais distante.

Viagem sem volta a Marte

Mas talvez haja uma alternativa, uma missão que seja mais simples e mais barata e que viabilize a chegada do homem a Marte.

Para isso, basta que seja uma viagem sem volta, ou seja, uma viagem para astronautas que aceitem o desafio de ir para Marte sem qualquer plano de voltar à Terra.

Esta é a proposta de Dirk Schulze-Makuch, da Universidade do Estado de Washington, e do renomado Paul Davies, da Universidade do Estado da Flórida, ambas nos Estados Unidos.

Eles acabam de delinear como seria uma missão sem volta a Marte em um artigo publicado na revista científica Journal of Cosmology, chamado To Boldly Go: A One-Way Human Mission to Mars – Para Audaciosamente ir: Uma Missão Humana sem Retorno a Marte, em tradução livre. O “audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais foi antes” é a marca registrada do seriado Jornada nas Estrelas.

Os dois físicos consideram que, embora tecnicamente factível, uma missão tripulada de ida e volta a Marte é improvável num horizonte de tempo razoável – principalmente, segundo eles, porque seria um projeto incrivelmente caro, tanto em termos financeiros quanto em sustentação política.

E, como a maior parte do gasto está ligado à necessidade de trazer os astronautas de volta em segurança, uma missão só de ida poderia não apenas reduzir os custos a uma fração do projeto inicial, como também marcar o início da colonização humana de longo prazo do planeta.
Continuar lendo

Nasa lança game para o iPhone que simula exploração lunar

A Nasa apresentou um novo aplicativo gratuito para o iPhone, que permite aos usuários fazer “sua própria missão espacial à Lua”.

O jogo interativo exige que usuários executem diversas tarefas comuns à rotina lunar, baseadas na experiência de astronautas que lá estiveram.

O game está disponível para iPhone e iPod Touch, segundo informou a agência norte-americana na segunda-feira (22).

Chamado “Nasa Electric Lunar Rover Simulator”, o jogo interativo faz com que usuários executem várias tarefas de apoio à missão, incluindo o transporte de suprimentos a vários pontos.

Usuários também têm que acompanhar de perto o consumo de energia.

O aplicativo gratuito já está disponível na loja virtual iTunes.

Telas do jogo Nasa Lunar Electric Rover, que está disponível gratuitamente para iPhone e iPod Touch

Se você ainda não tem, já está na hora de comprar um iPhone não é mesmo?!

Tripulantes da estação espacial recebem astronautas da nave Endeavour

Os astronautas do ônibus espacial Endeavour, acoplado na madrugada desta quarta-feira (10) à Estação Espacial Internacional (ISS), entraram no laboratório orbital e cumprimentaram os tripulantes, informou a agência oficial russa Itar-Tass.

O primeiro a abrir a escotilha e entrar na estação foi o comandante do Endeavour George Zamka, que coordenou a operação de acoplamento com o complexo espacial que circunda a Terra a quase 400 quilômetros de altura.

Tripulações da nave Endeavour (missão STS-130) e da Estação Espacial Internacional (Expedição 22, desde novembro de 2009)

Logo após Zamka, os demais expedicionários do Endeavour entraram na ISS: o piloto Terry Virts e os especialistas Nicholas Patrick, Robert Behnken, Stephen Robinson e Kathryn Hire.

Na Estação Espacial, os tripulantes cumprimentaram os integrantes da atual missão permanente da plataforma: os cosmonautas russos Maxim Surayev e Oleg Kotov, os americanos Jeff Williams e Timothy Creamer, e o japonês Soichi Noguchi.

Acoplamento

O encontro dos 11 astronautas ocorreu duas horas depois do acoplamento, tempo que ambas as tripulações precisaram para conferir o estado hermético do engate entre a ISS e o Endeavour, que transporta o módulo Tranquility.

O controle da missão no Centro Espacial Johnson, em Houston (Texas), informou que a operação foi realizada às 3h06 (horário de Brasília), momento em que o complexo orbitava sobre Portugal.

Ônibus espacial Endeavour é visto a partir da Estação Espacial Internacional (ISS), enquanto se aproxima do laboratório orbital

As últimas manobras de aproximação, muito delicadas, com as duas naves a mais de 28.000 km/h, foram realizadas manualmente pelo comandante de bordo George Zamka, um coronel dos Marines, com uma margem de manobra de cerca de 4,5 cm.

Nos últimos metros, o Endeavour se aproximou da ISS a um quarto de centímetro por segundo.

Missão

O ônibus espacial foi lançado na Flórida nesta segunda-feira (8) com seis astronautas a bordo para uma missão de 13 dias destinada a transportar e instalar os módulos Tranquility e Cupola, últimas peças grandes da ISS.

Ônibus espacial Endeavour, no momento de acoplamento à Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita a Terra a cerca de 400 km

Além do reabastecimento de rotina, o principal objetivo da missão é a instalação do Tranquility, que ampliará o espaço de trabalho dos astronautas, e de uma cúpula de seis amplas vidraças que permitirá uma vista panorâmica da Terra e do céu sem distorções atmosféricas.

Para a instalação serão necessárias três caminhadas espaciais, de seis horas e meia cada uma, durante a missão do Endeavour.

O módulo Tranquility, construído na Itália, e a cúpula, são uma contribuição da Agência Espacial Europeia.

O Endeavour chegou à ISS em um momento em que quatro naves russas estão acopladas à estação orbital: as tripuladas Soyuz TMA-16 e TMA 17 e os cargueiros Progress M-3M e M-04.