Galáxias e cometas marcam estreia do telescópio Wise

Cometa Siding Spring, visto em infravermelho pelo telescópio Wise.(Imagem: NASA/JPL-Caltech/UCLA)

Sábio

Um elenco diversificado de personagens cósmicos marcou a estreia do novo telescópio Wise (Wide Field Infrared Survey Explorer), lançado pela NASA nos últimos dias de 2009.

O WISE é um telescópio na faixa do infravermelho que ficará circulando em volta da Terra ao longo dos pólos para fazer um mapa completo do universo, detectando galáxias longínquas, estrelas frias demais para que sua luz seja captado com precisão por outros telescópios e até asteroides escuros, escondidos nas profundezas do Sistema Solar, de onde podem surgir “repentinamente” para se chocar com a Terra – veja mais detalhes em Telescópio Wise vai procurar Estrela X, asteroides ameaçadores e muito mais.

Monitoramento de asteroides e cometas

A fase científica da missão começou em Janeiro. Desde então, o Wise já enviou mais de 250.000 imagens em infravermelho do Universo. Agora a NASA divulgou as primeiras dessas imagens, já processadas e corrigidas.

As imagens selecionadas para divulgação incluem um cometa, uma nuvem onde se originam novas estrelas – um berço de estrelas, como dizem os astrônomos – a bela galáxia de Andrômeda e um distante aglomerado de galáxias.

“Estas primeiras imagens estão comprovando que a missão secundária da sonda, de ajudar a monitorar asteroides, cometas e outros objetos estelares, será tão criticamente importante quanto sua principal missão de levantamento de todo o céu no infravermelho,” diz Ed Weiler, um dos cientistas da missão.

Aqui, o berço de estrelas na nuvem NGC 3603, observado em infravermelho pelo Wise, aparece sobreposto ao mesmo ponto do céu observado em luz visível pelo telescópio Hubble. (Imagem: NASA/JPL-Caltech/UCLA/STScI/MPIA/Univ. of Heidelberg/Univ. of Illinois)

Poeiras de estrelas

Durante as observações, espera-se que o novo telescópio encontre dezenas de cometas desconhecidos, incluindo alguns que se aproximam bastante da Terra. O Wise ajudará a desvendar pistas, guardadas dentro desses cometas, sobre como nosso sistema solar pode ter-se formado.

“Todas essas fotos contam uma história sobre nossas origens e nosso destino, ambos ligados à poeira estelar,” disse Peter Eisenhardt, cientista da NASA. “O ‘Sábio’ (wise em inglês) vê cometas empoeirados e asteroides rochosos traçando a formação e a evolução do nosso sistema solar. Nós podemos mapear milhares de sistemas solares nascendo e morrendo em toda a nossa galáxia. Podemos ver os padrões de formação de estrelas em outras galáxias, e ondas de estrelas explodindo em aglomerados de galáxias a milhões de anos-luz de distância.”

Fonte: Inovação Tecnológica

A maior lua cheia de 2010

Bom, como acabei ficando uns dias sem atualizar o blog, nem deu pra postar aqui sobre isso mais cedo, mas estou postando agora sobre a maior lua cheia de 2010, no dia 29 de janeiro.
A seguir, uma imagem comparativa entre a lua na noite de setembro e outubro de 2007, na noite de 29 de janeiro, ela esteve com um tamanho visível igual ou próxima a da primeira lua da imagem.
Esta lua, esteve 14% maior e 30% mais brilhante que qualquer outra que você vai ver em 2010. Ela ainda esteve visível no final de semana, mas não com a mesma intensidade.
Abaixo, segue a explicação sobre o motivo que a lua encontra-se em tal situação.

A órbita da Lua ao redor da Terra não é um círculo perfeito e sim uma elipse, com o lado menor cerca de 48 mil quilômetros mais perto do nosso planeta. A lua cheia de hoje estará localizada exatamente dentro do ponto mais próximo e é essa diferença a responsável por fazer nosso satélite parecer maior e mais brilhante.
De uma maneira um pouco mais astronômica, as duas extremidades da elipse são chamadas de apogeu e perigeu. O apogeu é o ponto mais distante enquanto o perigeu é o mais próximo. Desta forma, a Lua Cheia do dia 29 ocorreu exatamente no momento do perigeu.

Fonte e imagens: Apolo11

Cientistas elucidam mistério de estrela azul “rejuvenescida”

Astrônomos anunciaram neste sábado (23) ter desvendado a origem de uma classe de objetos cósmicos que vinha intrigando a ciência: as estrelas errantes azuis.

Por serem portadoras de uma massa muito maior do que se previa para astros de sua categoria, seu mecanismo de formação não era bem entendido. Agora, dois estudos mostram que elas surgem tanto de colisões estelares quanto de sistemas em que uma estrela suga material de outra aos poucos.

Esquema de colisão criando errante azul (sentido horário)

O enigma das errantes azuis é que elas aparentam ter uma idade menor do que efetivamente possuem, um valor que pode ser inferido a partir da idade de outras estrelas próximas. Outra estrelas gigantes azuis em geral morrem e perdem brilho antes de suas “irmãs” nascidas num mesmo aglomerado, pois astros mais maciços consomem mais rápido seu material interno por meio de fusão nuclear.

Algumas errantes azuis, porém, chegam a ter 7 bilhões de anos, e são mais velhas até do que o Sol, que tem 5 bilhões.

Para explicar isso, cientistas vinham debatendo havia tempos as hipóteses da colisão e da matéria sugada. Esses eventos dariam a estrelas de vida curta um suprimento extra de matéria para fusão nuclear, prolongando assim seu tempo de brilho. Mas ninguém conseguia dizer qual das duas coisas estava efetivamente ocorrendo.

Em um par de estudos hoje na revista “Nature”, astrofísicos da Universidade de Bolonha (Itália) e da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) mostram que uma hipótese não exclui a outra. Francesco Ferraro, autor principal do trabalho italiano, analisou diversas errantes azuis e descobriu que aquelas de tom azulado mais acentuado são as formadas em colisões. As outras, mais avermelhadas, surgem quando a gravidade de uma estrela rouba massa de outra próxima.

Livro reúne fotos de astros e constelações

O livro Capturing the Stars: Astrophotography by the Masters, de Robert Gendler, reúne dezenas de imagens produzidas por 30 fotógrafos profissionais e amadores, especializados em registrar cometas, galáxias, nebulosas e astros do espaço.

Entre as imagens reunidas está uma do cometa com a cauda mais longa já vista – quase 600 milhões de quilômetros de comprimento –, o Hyakutake, descoberto pelo astrônomo amador japonês Yuji Hyakutake em 1996.

As imagens foram organizadas por um dos astrônomos amadores mais respeitados do mundo, Robert Gendler, que também escreveu uma introdução sobre a fotografia espacial.

O livro traz detalhes sobre cada fotógrafo, as técnicas utilizadas para capturar as imagens fantásticas, e experiências.
Entre as imagens reunidas estão galáxias distantes, nebulosas e algumas das mais conhecidas constelações.

Algumas imagens do livro:

Essa Aurora Boreal foi fotografada por Arne Danielse em 8 de novembro 8 de 2004, na cidade de Langhus, na Noruega. (Todas as imagens estão do livro

Esta imagem mostra não só as constelações de Cygnus e Lyra como a Via Láctea no verão do hemisfério norte, além de várias outras nebulosas como a Norte-Americana, a Gamma Cygni e a Veil (véu). (Foto: Bill and Sally Fletcher)

O Cometa Hyakutake foi descoberto pelo astrônomo amador japonês Yuji Hyakutake em 1996. A cauda do astro tem 580 milhões de quilômetros, a mais longa entre os cometas conhecidos. (Foto: Bill and Sally Fletcher)

Nesta imagem, o céu azul foi artificalmente removido da proximidade da superfície do sol para revelar as gradações de verde no halo mais interior, a "verdadeira cor do sol". (Foto: Miloslav Druckmüller)

Os arcos que aparecem ao redor do sol nesta imagem são criados por matéria gasosa expelida da superfície, mas atraída por seu potente campo magnético. (Foto: Thierry Legault)

O fenômeno fotogrado durou poucos segundos, pouco antes do eclipse lunar total, quando "contas" de luz solar ainda podiam ser vistas. O astrônomo inglês Francis Baily observou o fenômeno em 1836. (Foto: Fred Espenak)

Brilhando com a luminosidade de 40 mil sóis, a estrela supergigante Antares expele matéria, o que cria a imensa nuvem amarela que parece engolir a estrela. (Foto: David Malin)

Nesta imagem, pode-se ver os restos de uma estrela supernova que já foi enorme no passado. Parte da energia expelida pelos gases da estrela é liberada na forma de luz visível. (Foto: David Malin)

Essa bolha cósmica gigantesca foi apelidada de nebulosa Bolhas (NGC 7635) e tem seis anos luz de largura. Ela foi formada pelos violentos ventos provocados por uma estrela supergigante no seu centro. (Foto: Russell Croman)

A IC 1396 é uma enorme nebulosa na constelação de Cepheus. A foto destaca o glóbulo IC 1396A, uma escultura marcante produzida pela radiação de estrelas próximas. (Foto: Johannes Schedler)